Chapada Diamantina recebe I Acampamento Estadual da Rede de Educadores e Educadoras da ENFOC

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Motivar o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) a compreender que a formação pode e deve ser feita a partir das estruturas e condições existentes, inclusive aproveitando os próprios espaços ainda que estes não possuam toda a infraestrutura adequada. Ocupar o espaço para além da estrutura física, incidindo no lugar da militância e da formação de base a partir da ótica do ocupar, resistir e produzir a transformação necessária, para a garantia de direitos aos povos do campo. Esses são alguns dos objetivos do I Acampamento Estadual da Rede de Educadores e Educadoras da ENFOC que iniciou nesta segunda-feira (18) e vai até  próxima sexta-feira (22), no Centro de Treinamento da Wilson Furtado da Fetag-BA, em Seabra, Bahia.
 
A atividade conta com a presença de mais de 60 pessoas, entre sindicalistas e assessores, todas(os) educadoras(es) dos municípios de Baixo Sul, Chapada Diamantina, Guanambi, Irecê, Jacobina, Oeste, Recôncavo Sul, Sudoeste e Sul do estado baiano, além do Maranhão e de Pernambuco. Para o secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Juraci Moreira Souto, esta atividade inicia as ações da ENFOC em 2016 e ressalta a atuação do nordeste no conjunto das respostas produzidas nos dez anos da escola sindical. Assim, o acampamento se apresenta como “um novo modelo de intervenção formativa a desafiar o MSTTR e, ao mesmo tempo, aponta caminhos a partir do intercâmbio produzido”. 
 
Além dos encontros e reencontros dos educadores da rede baiana e nordestina, o acampamento promoveu uma análise de conjuntura nacional e local. Foram lembrados os 13 anos de instalação do projeto político da esquerda brasileira e dos constantes desafios enfrentados pela classe trabalhadora. O presidente da Federação baiana, Cláudio Bastos, destacou a historicidade brasileira no campo das lutas sociais e, principalmente, a importância de lembrarmos constantemente as diversas conquistas das minorias. Ele também destacou que “nós, trabalhadoras e trabalhadores, não podemos permitir que esse projeto político que garantiu benefícios e garantias de direitos universalizados seja destruído”.
 
A proposta inicial do acampamento era a de fazer um encontro da rede baiana de educadores com a intenção de conversar sobre a prática educativa e experimentar a vivência do mutirão sindical e orçamento participativo maranhense, durante um intercâmbio onde alguns representantes baianos participaram. “Aqui, além das formações, faz parte do acampamento os mutirões de formação em alguns municípios e sindicatos voltados para os moradores e dirigentes sindicais, respectivamente”, esclarece a Secretária de Formação e Organização Sindical da Fetag- BA, Vânia Marques.
 
O grupo finalizou o dia com as discussões sobre as diversas identidades, o papel de cada educador(a) frente ao conjunto dos desafios da aprendizagem-fazer e da construção do sonho. Pois como disse Lênin, lembrado durante o encontro, “é preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias...”. E este grupo acredita que pode sim mudar a realidade a partir da formação de base.
 

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